Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás

Consulado Brasileiro abre as portas da Holanda para atrair empresas de Goiás

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A missão comercial promovida pelo Sebrae Goiás à Holanda se encerrou no último dia 17 de abril com compromisso de ampliação da interlocução entre o setor produtivo do Estado e a representação diplomática do Brasil no país europeu. “O consulado brasileiro na Holanda se colocou à disposição da economia goiana para o estreitamento das tratativas bilaterais para atração de novos negócios e empresas”, afirma o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, que integrou a comitiva como conselheiro do Sebrae.

Atento às oportunidades, o Consulado-Geral do Brasil em Amsterdã tem atuado para ampliar a relação comercial bilateral com o Reino dos Países Baixos, colocando à disposição do empreendedor brasileiro apoio jurídico e expertise para a promoção de negócios. Para promover a participação das micro e pequenas empresas nesse mercado, conselheiros e diretores do Sebrae Goiás se reuniram com o Cônsul-Geral do Brasil na Holanda, Cezar Amaral, em Amsterdã, num encontro marcado pela disposição de encurtar as distâncias entre os dois mercados.

Atualmente, a Holanda é o terceiro maior destino das exportações goianas (US$ 263,3 milhões/2020), atrás apenas da Espanha e da China, com destaque para os complexos de soja, milho e carnes. Conselheiro do Sebrae, o presidente da Fecomércio-GO integrou comitiva formada pelos diretores do Sebrae Marcelo Lessa Medeiros Bezerra (Técnico), João Carlos Gouveia (Administração e Finanças), o também conselheiro Ubiratan da Silva Lopes (Facieg) e o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Borges Amaral, representando o Governo de Goiás. A Fecomércio integra a Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), presidida por José Roberto Tadros.

O Reino dos Países Baixos (Holanda) é o quarto país mais competitivo do mundo, atrás apenas da Suíça, Estados Unidos e Singapura, de acordo com o Fórum Econômico Mundial. Para alcançar essa posição, o país investiu em infraestrutura, haja vista que 25% de seu território de 41.543 km² (8 vezes menor do que o Estado de Goiás/340.111
km²) está abaixo do nível do mar.

Entre as grandes obras que elevaram a Holanda à condição de potência mundial estão o Afsluitdijk, um dique de 32km de extensão e altura de 7,25m, que impede o avanço do mar sobre o território e drena áreas antes alagadas; a ampliação do Porto de Roterdã (com 40km de extensão é o maior porto marítimo europeu); e o Aeroporto de Schiphol em Amsterdã, o quarto maior do continente, com 300 destinos diretos e 55 milhões de passageiros por ano.

Com população de 17,5 milhões de habitantes e localização privilegiada, o país limita suas fronteiras com a Bélgica e a Alemanha. Soma-se a isso um governo estável (democracia parlamentar e monarquia constitucional), sistema financeiro seguro e uma grande oferta de serviços públicos.

O ambiente de negócios conta com impostos baixos (oscilam entre 16,5% e 25%), taxa de desemprego em queda (3,5% em 2022), mão de obra com formação profissional (40% contam com curso superior e 90% falam dois ou mais idiomas), além do elevado grau de produtividade e de desenvolvimento tecnológico das empresas. Uma sociedade limitada, por exemplo, pode ser constituída com capital social de apenas um centavo de euro, e as pequenas empresas estão dispensadas de preparar o relatório anual de demonstrações financeiras.

Esse conjunto de fatores tem atraído muitas empresas estrangeiras que migram para o país em busca de novos mercados. Estima-se que 10.000 corporações de outras nações já se instalaram na Holanda, gerando 140.000 empregos, entre as quais as brasileiras Petrobras, JBS, Embraer, Cutrale, Marfrig, Seara e Perdigão. Com a sanção da nova ‘Lei do Mercado de Trabalho em Equilíbrio’, em vigor desde 1º de janeiro de 2020, a expectativa do governo holandês é de ampliar esse número em breve espaço de tempo.

A nova lei torna a legislação trabalhista mais flexível, com contratos temporários de trabalho podendo alcançar até três anos, além da possibilidade de demissão de empregados por vários motivos combinados (anteriormente existiam oito motivos pré-estabelecidos, que não podiam ser cumulativos).

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