Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás

Fecomércio projeta aumento de 14% nas vendas de Natal

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Dados mostram cenário econômico forte para possíveis turbulências futuras

Mesmo com os altos e baixos que a economia goiana enfrentou no ano de 2022, todas as fontes indicam que o final deste ano será promissor para o empresário, principalmente em relação às vendas de Natal. É o que apontam os recortes feitos para Goiânia nas pesquisas Intenção de Consumo das Famílias (ICF), Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) e Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), realizadas pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), presidida por José Roberto Tadros. De acordo com o consultor de assuntos econômicos da Fecomércio-GO, Bruno Ribeiro, espera-se que as vendas cresçam 14% em relação ao ano passado.

Os dados mais importantes são que o desemprego em Goiás está no menor patamar observado ao longo de oito anos, ao mesmo tempo em que o crescimento do PIB é o maior já observado em relação aos dez anos anteriores. “Quando você une essas duas informações com os dois dados das pesquisas da CNC/Fecomércio, tudo aponta para o fato de que o empresário está cada vez mais confiante, ao passo que a intenção de consumo de famílias, em todas as faixas etárias, está numa tendência crescente”, pontua o especialista.

Na análise econômica de novembro de 2022 do cenário econômico goianiense, houve dois grandes destaques positivos. O primeiro é a confiança do empresário, que além de estar em uma tendência crescente e constante, também surpreende em relação aos números. “Com um novo governo, era de se esperar que, com essa perspectiva econômica mais desafiadora, o otimismo diminuísse, mas ele está aumentando. Isso demonstra que o empresário goianiense está cada vez mais otimista e mais preparado para enfrentar os grandes dilemas em relação ao futuro”, analisa Bruno.

A intenção do consumo das famílias também está numa curva ascendente acentuada segundo a pesquisa Fecomércio/CNC. Com as famílias consumindo mais, há um cenário favorável para maior geração de empregos. “Passamos por uma elevação da taxa de juros e a inadimplência do consumidor subiu em Goiás, mas o endividamento é menor em relação ao Brasil. Até foi uma surpresa positiva perceber que esses números não tiveram tanto impacto em relação à questão das famílias goianas quando comparada à média nacional”, explica o analista.

PIB Goiano
Goiás tem um grande destaque em nível nacional. De acordo com o Ministério da Economia, o PIB brasileiro deve atingir 1,7%, enquanto o goiano deve ficar na faixa de 4%. “Se formos comparar em termos percentuais, a gente percebe uma elevação de mais do que o dobro da média nacional”, afirma o consultor.

Perspectiva para 2023
Não se pode deixar de esperar um cenário desafiador para 2023, especialmente com a questão sobre como ficarão as despesas do Governo Federal. Com a tramitação da PEC que aumenta o teto de gastos, o Brasil fica com dificuldade maior em termos de redução de juros, causando impacto direto nas dívidas, pois esse custo tende a ficar mais caro, já que o esperado que é que os juros aumentem e, obviamente, pode fazer uma retração do mercado consumidor ao longo do tempo.

“Mesmo com essa preocupação, Goiás está bem preparado, porque o índice de endividamento das famílias é um dos menores na média nacional, o que deixa Goiás mais preparado para enfrentar as possíveis turbulências econômicas ou alguma dificuldade, especialmente em relação à questão da dívida pública e da manutenção dos juros”, tranquiliza Bruno em relação às inseguranças para a mudança no governo.

Índice de Consumo e Endividamento das Famílias
O aumento no endividamento das famílias se deu por uma questão de abrangência nacional, que foi a elevação da taxa de juros. No ano passado a taxa de juros (Selic) estava em torno de 2%, sendo que agora está em 13.5%. “Houve uma elevação muito alta, em termos percentuais, e que implica, também, na questão do crédito”, pontua Bruno.

Por outro lado, algo notável é que esse endividamento ainda está bem abaixo da média nacional e, mesmo assim, ele não está sendo um fator dificultador para o comércio, pois a intenção do consumo da família está, cada vez mais, crescente. “A perspectiva está ainda no cenário muito otimista, não só pela confiança do empresário nesses patamares altos, como também na geração de emprego e em relação a geração de riquezas que tem relação direta com o PIB Goiano. Tudo isso tende a fazer com que mesmo com o aumento do endividamento isso ainda é um fator benigno”.

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