A Câmara Municipal de Goiânia promoveu, na tarde desta terça-feira (19), audiência pública para discutir sobre qualidade e preços dos combustíveis comercializados em estabelecimentos da capital. O evento, realizado no Plenário Trajano Guimarães, foi pautado pelo presidente da Comissão de Direitos do Consumidor da Casa, vereador Coronel Urzêda, e reuniu o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), representado pelo presidente da entidade, Márcio Andrade; da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio-GO); representada pelo assessor da presidência, Simeyzon Silveira; do Procon Goiânia; da OAB Goiás; e do Ministério Público Estadual; além de empresários do setor. Também esteve presente ao debate o vice-presidente da Comissão, vereador Tião Peixoto.
De acordo com o propositor da audiência pública, são muitas as reclamações de consumidores acerca da qualidade dos combustíveis e dos valores praticados em Goiânia. “As pessoas têm se queixado muito sobre a qualidade dos combustíveis. Alegam que, depois de abastecerem, o combustível não realiza a quilometragem mínima daquele tipo de produto, e relatam, também, entupimento dos bicos e da bomba injetora, entre outros problemas”, destacou o vereador Coronel Urzêda.
O presidente do Sindiposto explicou que apenas 40% dos 337 postos de combustíveis existentes, atualmente, em Goiânia, são filiados à entidade. Ele argumentou que o Sindicato não tem autonomia para estabelecer os preços praticados pelos estabelecimentos e assegurou que existem, sim, valores diferentes entre os postos, além de concorrência acirrada no setor.
“Discutimos essas questões há pelo menos 30 anos. Desde que os preços foram liberados, cartel e alinhamento de preços são a pauta. E nunca, com todo o respeito, teremos a resposta que o consumidor ou que esta Comissão buscam”, sustentou Márcio Andrade. “Quem iremos condenar a vender combustível mais caro para poder satisfazer essa vontade do consumidor?”, questionou, ressaltando que existem preços diferentes “constantemente” no mercado.
Para o presidente do Sindiposto, a liberdade de preços – tal qual como aplicada hoje – é a melhor solução para quaisquer disputas de mercado, pois a concorrência é a melhor forma de ter o preço mais justo possível. “E eu posso afirmar, com toda a certeza, que temos uma concorrência acirradíssima em Goiânia”, reiterou.
*Com informações da Câmara Municipal de Goiânia







