As novas oportunidades na área de logística internacional foram o tema principal da agenda de trabalho, nesta quinta-feira (13), da missão comercial promovida pelo Sebrae Goiás à Holanda. A comitiva, integrada pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás, Marcelo Baiocchi Carneiro, fez visita técnica à Van Der Helm (VDH), empresa familiar fundada em 1936, se consolidou como uma das principais empresas da cadeia produtiva da logística, incluindo transporte, formalidades alfandegárias, fiscais e armazenamento.
Durante a reunião, em Hoorn, onde está a sede da companhia holandesa, os representantes da VDH se apresentaram com um potencial parceiro comercial que assuma todo o processo logístico de exportações de clientes goianos, desde o desembaraço alfandegário e fiscal, passando pela emissão do pedido, gestão de estoque, empacotamento, despacho e devolução (se for o caso) pode facilitar o acesso das micro e pequenas empresas na pauta das exportações.
Conselheiro do Sebrae, o presidente da Fecomércio-GO integra comitiva formada pelos diretores do Sebrae Marcelo Lessa Medeiros Bezerra (Técnico), João Carlos Gouveia (Administração e Finanças), o também conselheiro Ubiratan da Silva Lopes (Facieg) e o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Borges Amaral, representando o Governo de Goiás. A Fecomércio integra a Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), presidida por José Roberto Tadros.
A VDH tem 40.000m², armazena aproximadamente 120.000 pallets e opera 24 horas por dia, 7 dias por semana, de onde partem até 75 caminhões diariamente para entregas, incluindo 20% delas na porta da casa do consumidor final. Na avaliação dos integrantes da comitiva, esse processo pode facilitar o acesso das micro e pequenas empresas na pauta das exportações.
“Num mundo de cadeias globais de produção e comercialização como o que temos hoje, uma logística eficiente de exportação e importação é crucial para o sucesso dos negócios”, disse Marcelo Baiocchi. “A VDH tem em sua carteira de clientes as maiores empresas do mundo, mas demonstrou nesta visita técnica que também atende a uma lista expressiva de pequenas empresas”, observou o presidente da Fecomércio-GO, citando, em especial, as firmas voltadas para o comércio eletrônico de produtos.
O estudo “Digital Life Abroad”, publicado pela InterNations, coloca a Holanda como o 9º país mais conectado do mundo, em um ranking liderado pela Estônia, Finlândia e Noruega. O relatório que mede a qualidade de vida digital considera a “disponibilidade de serviços governamentais on-line, a facilidade de obter um número de celular local, internet de alta velocidade em casa, facilidade de fazer pagamentos sem dinheiro físico e acesso aberto à internet”. Nesse mesmo ranking, o Brasil ocupa o 50º lugar, entre 68 países.
O estilo de vida digital, aliado à posição estratégica (acesso rodoviário a 170 milhões de consumidores europeus em até 24 horas de Amsterdã ou Roterdã), transformaram a Holanda em um grande centro de operações logísticas e distribuição de mercadorias. “Entregamos desde uma simples caixa a um contêiner”, observa o diretor Global de Logística, Henk Vronn.
Henk Vronn disse que o mesmo pode acontecer com qualquer produto brasileiro, do agronegócio à confecção. “Nossos armazéns possuem Alvará de Entreposto Aduaneiro. Desta forma, podemos armazenar mercadorias por tempo indeterminado sem ter que pagar taxas de importação e impostos”, explica, ao mostrar o armazenamento de legumes, frutas e alimentos nas câmaras refrigeradas. “Montar, embalar, reembalar e rotular produtos não é problema algum na Van Der Helm”, completa.
