Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás

Na Holanda, comitiva do Sebrae Goiás participa de evento do setor de confecções voltado à sustentabilidade e à responsabilidade social

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A comitiva de conselheiros e diretores do Sebrae Goiás que está em missão comercial à Holanda participou nesta quinta-feira (13) da Kingpins Show, feira que reúne a cadeia produtiva mundial do jeans para apresentar inovações com foco na sustentabilidade e na responsabilidade social das empresas. O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, que integra a missão como conselheiro do Sebrae, afirmou que a visita técnica ao evento servirá de referência para aperfeiçoamento da Semana da Moda Goiana – Amarê Fashion, que será realizada entre os próximos 28 de agosto e 9 de setembro.

Em razão da participação estratégica de Goiás e, em especial, de Goiânia, no setor de confecções e moda nacional, a Amarê foi criada pelo Sebrae em parceria com o Governo de Goiás e o Sistema Fecomércio Sesc-Senac Goiás com a meta de se tornar o maior evento do segmento do Brasil. A primeira edição foi realizada no ano passado e, segundo Marcelo Baiocchi, “a experiência e os resultados da Kingspin serão extremamente proveitosos para a feira goiana, que também tem foco nos negócios, no respeito ao meio ambiente e na geração e na qualidade de vida de empreendedores e trabalhadores do setor”.

Como resultado imediato da missão empresarial, em resposta à carta de intenção protocolada no Consulado, o embaixador do Brasil na Holanda, Cezar Amaral, manifestou interesse em participar do Amarê. As tratativas já foram iniciadas e esta iniciativa poderá estimular a participação das pequenas empresas de moda goiana na balança comercial entre Brasil e a Holanda.

Foi para conhecer o modelo de evento da Kingspin, onde o que se expõe é a sustentabilidade da cadeia produtiva, e não apenas a tendência, o design e o estilo, que uma missão empresarial formada por conselheiros e diretores do Sebrae Goiás participou da programação da KINGPINS Show, em Amsterdã, na Holanda. O grupo participou dos seminários, viu as iniciativas do trade para arrecadar dinheiro para os sobreviventes dos terremotos na Turquia e conferiu coleções de designs de jeans gerados por inteligência artificial.

Para os diretores do Sebrae Marcelo Lessa Medeiros Bezerra (Técnico) e João Carlos Gouveia (Administração e Finanças) foi uma oportunidade para buscar inspirações para a Amarê. Os conselheiros Marcelo Baiocchi Carneiro (Fecomércio), Ubiratan da Silva Lopes (Facieg) e Fabrício Borges Amaral (Goiás Turismo) destacaram os conceitos que foram empreendidos no evento, como a simplicidade e praticidade dos estandes, a organização, o conteúdo e o foco especialmente na celebração de negócios.

A Kingpins Show não tem o glamour das feiras de moda. Não exibe modelos em roupas sensuais e nem permite a montagem de estandes exuberantes, pois são todos iguais e muito simples, demarcados por cabideiros para pendurar roupas num espaço de 16 metros quadrados. Os expositores precisam contar com a certificação de Responsabilidade Social Corporativa (RSC), documento que garante o compromisso moral e ético da empresa no trato com os empregados, o ambiente, a concorrência e a economia. De quebra, a feira também não permite o acesso ao público em geral, pois os visitantes são especialmente convidados, de todas as partes do mundo.

Nos pavilhões da feira, instalados no complexo SugarCity, uma antiga usina de açúcar de 110.000 metros quadrados que operou de 1863 a 1992 (restaurada em 2018) o fundador da KINGPINS, Andrew Olah, experimentou o modelo, que depois se estendeu para Nova York, Hong Kong e China. Andrew Olah explica que o jeans absorve mais de 35% do algodão produzido no mundo, necessitando de grande quantidade de água, energia e corantes para sua transformação, além da emissão de dióxido de carbono quando o índigo (corante natural azul extraído do indigueiro) não é usado.

Vem desses processos com impacto sobre o meio ambiente a preocupação em exigir dos expositores certificados com padrões químicos sustentáveis e transparentes. “Estimulo a competição dentro das paredes da feira e o esforço dos fornecedores para criar produtos mais sustentáveis e bonitos. Pois, ainda, nada impulsiona mais as vendas do que a empolgação visual”, observa.

Os organizadores não revelaram o número de expositores, participantes e de negócios gerados. Mas o caderno de iniciativas contemplava empresas da Alemanha, Áustria, Bangladesh, China, Cingapura, Coréia do Sul, Egito, Espanha, Estados Unidos, França, Hong Kong, Ilhas Maurício, Itália, Japão, Paquistão, Peru, Taiwan, Tunísia, Vietnã, além da brasileira Vicunha.

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