Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás

Fecomércio Jovem promove encontro sobre mercado financeiro

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Especialistas convidados apresentaram cenários e oportunidades

A Fecomércio Jovem e a Blend Capital realizaram na Fecomércio-GO, no dia 10 de abril, o encontro “Mercado Financeiro: Cenários e Oportunidades”. Para compartilhar seus conhecimentos sobre o cenário econômico brasileiro, a entidade recebeu o jornalista de economia Adalberto Piotto, o economista Jason Vieira e o gestor da Mag Asset Sérgio Machado. O segundo evento do ano realizado pela Fecomércio Jovem reuniu um público de 140 participantes entre jovens empresários, presidentes de Sindicatos filiados à federação, representantes de entidades de classe e das empresas patrocinadoras do encontro – Consciente Construtora e Belcar Veículos – além do deputado estadual Cairo Salim. Na abertura do encontro, o presidente da Fecomércio-GO, Marcelo Baiocchi Carneiro, enalteceu como é bom ver “a nossa Casa repleta de jovens empreendedores que, assim como eu, estão curiosos para ouvir os três especialistas”, fazendo menção aos palestrantes especialmente convidados para a ocasião.

Em sua fala inicial, o gestor da Mag Asset Sérgio Machado, que atua no mercado financeiro há 40 anos, destacou a evolução no setor. “A coisa evoluiu, o mercado financeiro brasileiro teve uma mudança muito grande. Hoje, temos cinco ou seis bancos que têm 90% das operações. A partir do ano 2000 aconteceu a abertura de espaço para uma série de novas instituições – as gestoras de valores, as administrações de fundo – que até então eram muito pequenas.

Sérgio Machado exemplificou que “esse crescimento gerou benefício do acesso às pessoas a uma gestão mais refinada. Porque antes, ficávamos muito nas mãos dos bancos. Você ia lá, comprava CDB, RDB, letra de câmbio, poupava assim e acabou. Você não tinha um refinamento”. Ele enfatizou que atualmente o mercado oferece acesso a muitos produtos e que é preciso estar atento no momento da escolha dos profissionais que farão a ponte entre os investidores e as oportunidades financeiras.

O economista Jason Vieira, que possui 32 anos de experiência no mercado financeiro, também presenciou após os anos 2000 mudanças importantes. “No início, não era comum ter economista na mesa de operações. Era uma novidade. Aos poucos, fomos incorporando o viés dos bancos americanos de ter um economista na mesa de operações para ajudar na leitura de cenários e conseguir traduzir o mais ‘real-time’ possível para os operadores, para os traders, poderem tomar suas decisões. Ou seja, cada vez mais pesando a função do economista nesse contexto”, exemplificou.

Em seguida, o economista explicou sua vivência na “moralização do mercado”, os processos de auditorias que ocorreram dentro das instituições financeiras, que resultaram na melhoria da qualidade da informação. O economista também enalteceu que a cultura de investimentos no Brasil precisa melhorar, “porque do momento que você possui patrimônio mais concentrado na sua conta, você tem condições de fazer com que ele comece a trabalhar para você. Isso não é uma cultura comum no Brasil, mas é muito comum lá fora. As pessoas fazem a sua poupança por meio de investimentos. É raro você ver alguém que dependa especificamente de aposentadorias, como é o caso brasileiro. Normalmente, as pessoas fazem a própria aposentadoria, por meio de grandes fundos de investimento”, ponderou.

Já o jornalista especializado na área econômica, Adalberto Piotto, enalteceu que esteve em Goiânia há dez anos e que ficou “impressionado com a cidade e com o que vocês estão construindo aqui”. Ressaltou que liberdade econômica é uma das liberdades cuja origem está na liberdade de expressão. “Eu sou jornalista de formação, sou diretor de documentários. O que eu mais fiz na minha vida foi discutir o Brasil e entender por que o Brasil chegou aonde chegou. Desde quando me entendo por gente, então eu posso dizer pelo menos uns 40 anos, eu ouço dizer que o Brasil vai dar errado. Sim, a gente passa por solavancos, só que o país ainda não deu errado. Se a gente olhar para a potência que se transformou o Centro-Oeste brasileiro (potência que não existia há 40 anos), verificaremos que isso é resultado do talento de gente brasileira que trabalha, que faz acontecer. E faz em um ambiente de liberdade”, pontuou.

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